Minha formação em Contabilidade está próxima: e agora, o que eu faço?
Dezembro está perto e, com ele, para muitos bacharéis em Ciências Contábeis vem o fim da graduação. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira-Inep [2019], o curso é um dos mais fortes do País sendo o 4º mais buscado, e todos os anos são mais de 362 mil matriculados entre escolas públicas e particulares.
Com a finalização do curso, eis que surge a hesitação: o que fazer depois da formação? Qual das áreas são mais promissoras para atuar: Perícia, Contabilidade Ambiental, Imobiliária, Tributária? Afinal, o que é mais indicado: seguir pelos rumos da especialização, ingressar em um escritório para galgar experiência ou atuar como autônomo?
É habitual ficar desorientado nesta fase, já que as brechas entre os bancos da faculdade e a “vida real” são enormes. Além do que, como a Contabilidade tem um variado leque de alternativas, um pequeno passo desacertado, logos nos primeiros instantes da carreira, pode significar uma experiência chocante e desagradável.
Sabendo das dificuldades nesse processo de transição, o Portal Dedução listou as principais áreas de atuação do profissional dos números. Conheça:
Prestação de serviços: vez que o profissional formado em Ciências Contábeis pode trabalhar de forma autônoma, uma opção é abrir seu próprio escritório e prestar serviços [como consultorias, por exemplo] para as organizações. Neste caso, em especial, as ofertas de trabalho são grandes porque nem todo negócio tem, em seu quadro de colaboradores, a figura de um contador, mas por lei todos os empreendimentos necessitam da atuação desse profissional.
Neste caso, as principais dificuldades são as questões empresariais e fiscais que entremearão todo o processo, desde a abertura do CNPJ. Aqui, a dica é conquistar a confiança dos clientes e sempre se atualizar sobre as novidades da área.
Auditoria: o profissional contábil que escolhe esse segmento para atuar tem a responsabilidade de analisar as contas de uma organização privada, pública ou do terceiro setor, analisando registros, balanços e dados e garantindo que tudo esteja na mais perfeita sintonia contábil. De acordo com o portal Salario.com.br, hoje um auditor contábil júnior ganha em média R$ 5.216,73. Já o nível pleno recebe cerca de R$ 5.901,32, enquanto o sênior tem uma remuneração de R$ 7.088.
Existem dois tipos de auditor: o externo e o interno. O trabalho do primeiro é requerido quando há alguma demanda de ordem superior, como a venda da empresa, por exemplo, o que o leva a assumir uma função mais investigativa. Já o auditor interno age para a empresa com foco na prevenção de contratempos, mantendo toda a Contabilidade organizacional nas direções certas.
Planejamento e controladoria: o contador que trabalha nesse nicho analisa as ações de diferentes áreas de uma mesma empresa para, assim, sugestionar normas técnicas que têm por objetivo manter a saúde financeira e o equilíbrio das contas. Essa é uma jornada bastante interessante, já que oferece um plano de carreira favorável, com possibilidades de crescimento. Geralmente, quem opta por planejamento e controladoria para a carreira, começa como assistente contábil, fazendo sobretudo registros e relatórios, passa na sequência pelo cargo de analista contábil e, finalmente, tem a oportunidade de se tornar um controller (ou gestor contábil), cujos proventos podem chegar a R$ 15.518,00, de acordo com o site vagas.com.br.
Perícia contábil: é o profissional que conduz todas as operações financeiras de um negócio a procura de dados e informações que evidenciam — ou não — erros, imprecisões ou ilegalidades, como fraudes fiscais e patrimoniais, geralmente, em situações de cunho privado e que não envolvem a Justiça. Trata-se de um campo em grande expansão, e muitos cursos de graduação em Ciências Contábeis vêm inserindo em suas grades disciplinas voltadas para essa área.
Docência: por fim, quem gostar de ensinar, na área contábil pode ter grandes oportunidades, vez que, como se trata de uma carreira em expansão, cada vez mais faculdades oferecem o curso. Ademais, como a profissão reivindica educação profissional continuada, é muito comum que escolas, de Educação à Distância inclusive, contratem docentes para lecionar os mais diversos assuntos. Nesse caso, uma formação complementar, em Direito ou Economia, por exemplo, ou uma especialização faz toda a diferença. Vale enfatizar que, para atuar dando aulas no ensino superior, o contador precisará contar, no mínimo, com um diploma de mestrado.
Fato é que, independentemente da decisão a ser tomada, todo contador recém-formado precisa ser participativo, saber trabalhar em equipe e manter um bom relacionamento com clientes e todas as pessoas que estão ao seu redor. Outras sugestões são: pedir auxílio sempre que tiver dúvidas, checar sempre as informações, participar de grupo de estudos e aprofundamentos de temas na área, e manter-se sempre atualizado, procurando diariamente ler livros, notícias e artigos ou também assinando fóruns e podcasts.
Por fim, vale destacar: como o trabalho contábil é prover saúde e bem-estar para as pessoas físicas e jurídicas de todos os portes e segmentos, quem se forma nesse segmento não pode deixar de lado de manter a própria constância entre mente e corpo, que é o que fará com que o profissional tenha mais energia e bom ânimo naquilo que escolheu para fazer.
Portal Dedução. Banco de imagens
