Exportações da China impulsionam alta de 4,9% no comércio exterior em 2024
Dados da Administração Geral das Alfândegas da China, divulgados em 10 de dezembro, mostram que o valor total das exportações e importações do país atingiu RMB 39,79 trilhões nos primeiros 11 meses de 2024, marcando um aumento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2023. As exportações totalizaram RMB 23,04 trilhões (+6,7%), enquanto as importações somaram RMB 16,75 trilhões (+2,4%).
No mês de novembro, o comércio exterior movimentou RMB 3,75 trilhões, registrando alta de 1,2% em comparação ao mesmo período de 2023. As exportações cresceram 5,8%, mas as importações tiveram queda de 4,7%.
Apesar de obstáculos como conflitos geopolíticos e incertezas econômicas globais, o comércio exterior chinês sustentou crescimento mensal consecutivo por oito meses. No entanto, o ritmo de expansão desacelerou em novembro devido ao impacto desses desafios.
Produtos tecnológicos e agrícolas lideram desempenho
Entre janeiro e novembro de 2024, os produtos eletromecânicos e de alta tecnologia representaram quase 60% das exportações chinesas. Destaques incluem:
- Crescimento de 108,7% nas exportações de contêineres;
- Alta de 65,3% em navios;
- Incremento de 24,8% em motocicletas.
Os produtos agrícolas chineses também tiveram bom desempenho no mercado internacional. As exportações de frutas frescas e secas, nozes, vegetais e cogumelos cresceram 22,2%, 11,4% e 7,5%, respectivamente.
No campo das importações, os números também mostram evolução. Produtos energéticos (+6,3%) e minerais (+4,3%) lideraram os ganhos. Adicionalmente, peças de aeronaves (+13,7%) e componentes eletrônicos (+10,5%) tiveram destaque.
Políticas estratégicas impulsionam mercados globais
Nos mercados tradicionais, o comércio com a União Europeia, os Estados Unidos e a Coreia do Sul cresceu 1,3%, 4,2% e 6,3%, respectivamente. Simultaneamente, a Iniciativa “Cinturão e Rota” contribuiu para um avanço de 6% nas transações comerciais.
O comércio com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) cresceu 8,6%, enquanto os mercados emergentes mostraram desempenhos expressivos: aumentos de 7,9% na América Latina e 4,8% na África.
Fonte: Exame. Imagem: Revista Cultivar