Liberar remédio fortalece vírus da gripe suína, diz governo

Apesar das pressões para que o Tamiflu (antiviral usado contra a gripe suína) seja liberado para todos os pacientes com sintomas que procurem hospitais, o Ministério da Saúde informou ontem que não vai modificar o protocolo atual de prescrição do medicamento.

A pasta criticou ainda medidas como a de Passo Fundo (RS) e do Rio de Janeiro, que tornaram o remédio mais acessível, pois afirma que o vírus A (H1N1) pode se tornar resistente ao medicamento.

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Pelo protocolo, o Tamiflu é indicado apenas para pessoas com fatores de risco ou em estado grave e deve ser usado em, no máximo, até 48 horas a partir do início dos sintomas. Mas em São Paulo e no Rio de Janeiro surgiram contestações a essa estratégia.

Para o Ministério Público Federal paulista e o Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, há uma "aparente contradição" na recomendação.

Ambos dizem que, muitas vezes, um paciente com gripe vai ao hospital sem se enquadrar nesses critérios e é dispensado. Quando busca o hospital novamente, já em estado grave, não pode mais receber o remédio, pois as 48 horas já passaram.

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