ELEIÇÕES 2010

Lula já admite dois palanques no Paraná e não pedirá mais que Pessuti desista de candidatura

Em meio à confusão dos partidos aliados em definir o candidato ao governo, o presidente Lula sinalizou que não tentará mais retirar a candidatura do governador Orlando Pessuti (PMDB) ao Palácio Iguaçu.

Depois de uma hora de conversa no Centro Cultural Banco do Brasil, na quarta-feira, Lula autorizou o peemedebista a usar politicamente as imagens do encontro. As audiências do presidente com pré-candidatos costumam ser fechadas a fotógrafos e cinegrafistas.

Antes da audiência, Lula recebeu os senadores peemedebistas Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR) e conversou por telefone com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP). Na noite de terça-feira, Pessuti se reuniu com Temer para acertar uma estratégia de neutralizar os assédios de Lula, que manifestou nos bastidores o desejo de contar com o apoio do PMDB à candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do Estado.

Osmar Dias, por sua vez, exige que Gleisi Hoffman (PT), mulher do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, desista da candidatura ao Senado para ser vice na sua chapa. Bernardo e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também participaram da audiência.

Após a reunião com o presidente, Pessuti disse que deixou claro a Lula que manterá a candidatura. Ele argumentou que, diferentemente de Osmar Dias, que pode concorrer ao Senado, não tem outra alternativa. Pela legislação, ele só pode disputar o governo do Estado. Os petistas chegaram a propor ao governador um “bom” cargo num eventual governo de Dilma Rousseff, caso ele desistisse da candidatura. “É lógico que o presidente Lula torce e trabalha para um palanque único no Paraná. Eu também quero um palanque único, mas, se for para ter um único nome, que seja o nosso", disse.

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