ESPECIAL ELEIÇÕES


Osmar Dias muda cenário da disputa para o governo

A confirmação da candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo muda radicalmente o panorama das eleições no Paraná. Com o apoio de “pesos pesados” da política nacional e estadual, como o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PMDB do governador Orlando Pessuti, Osmar entra na disputa em condições de enfrentar “de igual para igual” o candidato do PSDB, o ex-prefeito de Curitiba, Beto Richa. O PMDB, além de comandar o Executivo estadual, tem o maior número de prefeitos e deputados. E Lula, que com uma popularidade recorde já alavancou a candidatura da ex-ministra Dilma Roussef à Presidência, comprometeu-se a se engajar pessoalmente na eleição do pedetista.

A candidatura de Osmar reúne ainda a maioria dos partidos da base do governo federal (PMDB/PDT/PT/PSC/PC do B/PR) e é um dos principais palanques no Sul do país para o projeto presidencial de Dilma Roussef. Além de estrutura para o confronto e reforço político, o pedetista garantiu ainda a participação direta do presidente em sua campanha no Estado.

Osmar pode beneficiar-se também do “recall” do resultado das eleições de 2006. Naquela ocasião, apesar da derrota por apenas 10,5 mil votos para Roberto Requião (PMDB) no 2º turno mais disputado da história eleitoral paranaense, o pedetista acabou saindo da briga fortalecido e credenciado como principal nome para sucessão deste ano.

Reviravolta - O fato de Beto Richa e Osmar Dias terem sido aliados nas eleições de 2006 e 2008 também pode confundir o eleitorado. O maior prejudicado é Richa, que em 2006 apoiou Osmar para o governo, mas depois rompeu a aliança. Já Osmar, como candidato natural ao governo por conta do resultado da última eleição, poderá cobrar do tucano a quebra do suposto compromisso assumido com os antigos aliados.

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