Um ano após tragédia Sengés ainda sente medo da chuva


Em meio a uma semana marcada pela maior tragédia ambiental da história do Brasil, na região serrana do Rio de Janeiro, Sengés, no Norte Pioneiro paranaense, relembra, com medo, a enchente que atingiu a cidade em janeiro do ano passado. Isso porque nos últimos dias a chuva tem castigado novamente a cidade, fazendo com que os moradores percam o sono temendo uma nova enchente do Rio Jaguaricatú.


No ano passado, a região foi atingida por um grande volume de chuva, fazendo com que os rios que cortam Sengés e municípios vizinhos transbordassem. Na tragédia de janeiro do ano passado, 27 mil paranaenses em 24 cidades foram afetados. Foram registradas cinco mortes, todas em Sengés. Mais de quatro mil pessoas ficaram desalojados ou desabrigados no Estado, mais de 1,7 mil casas foram danificadas e outras 113 ficaram completamente destruídas.

Sengés foi a cidade mais afetada. Ficou isolada e sem comunicação por telefone e rádio. Seis pontes que ligam a cidade a outros municípios foram levadas com a força das águas, e as estradas ficaram intransitáveis. O centro da cidade é cortado pelo Rio Jaguaricatú, que transbordou e tomou toda a região central. As três ligações rodoviárias de Sengés foram atingidas. O tráfego foi restabelecido apenas dias depois da enchente pela rodovia estadual PR-151.

Durante alguns dias após a tragédia, cerca de 20 mil pessoas tiveram problemas de abastecimento de água potável. Um distrito de Sengés chegou a ficar sem água por semanas. A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) encontrou muitas dificuldades técnicas para normalizar o sistema de esgoto da cidade. A rede foi danificada pela infiltração da água da enchente e ficou com vários pontos entupidos pela lama trazida pelo rio. Além disso, estruturas maiores do sistema, como elevatórias de esgoto e linhas de recalque, foram arrastadas pela correnteza e precisaram ser reconstruídas.

fonte: jornal do estado

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