Indústrias querem reajustar seus produtos em até 20%

A escalada do preço das matérias-primas (commodities) no mercado internacional já provocou alta da inflação no Brasil e deve pressionar ainda mais os preços nos próximos meses. Na virada de janeiro para fevereiro, os produtores de alimentos industrializados e de artigos de higiene pessoal e limpeza doméstica - que usam de açúcar a petróleo em suas fórmulas - apresentaram novas tabelas de preços aos supermercados.

As novas tabelas preveem aumentos entre 5% e 7%, mas em alguns casos, como o dos detergentes líquidos e refrescos em pó, chegam a 20%. Nos produtos de limpeza, que usam matérias-primas petroquímicas, a indústria quer aumentos de 8% e 9%. Em alguns casos, o porcentual é maior. A Química Amparo, dona do detergente líquido Ypê, propõe reajustes de 20%. A empresa não confirma o reajuste, mas diz que houve aumento no preço do sabão em barra, por causa da alta das matérias-primas, que subiram 50%.

As novas listas incluem alimentos industrializados que já haviam subido nos últimos meses. Entre eles, estão produtos que usam muito açúcar, como o refresco em pó Tang, da Kraft Foods, reajustado em 20%.

Outro exemplo é o café em pó. A Sara Lee reajustou em 15% o preço do Café Pilão esta semana. Entre os derivados de tomate, o aumento médio ficou entre 10% e 11%. Nos produtos da marca Pomarola, a alta foi de12%. A Unilever informou que não comenta política de preços.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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