Rossoni diz que vem sofrendo ameaças
Atentado contra deputado está sob investigação
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), afirmou que vinha sofrendo ameaças e destacou que agora é o momento de botar os pés no chão e dar prosseguimento ao trabalho de moralização na Assembleia. “Sempre procurei não falar nas ameaças que recebia, mas não tem como negar”, relatou Rossoni que admitiu que é frequente o recebimento de telefonemas com xingamentos e intimidações.
O deputado disse temer pela família, já que, segundo ele, “se alguém fez alguma coisa desagradável à alguém, fui eu”, e que se fosse pela opinião dos familiares não teria assumido a presidência da Assembleia. Ele acredita que o atentado ao veículo foi para dar um susto e fazer com que ele recue no processo de moralização e transparência da Assembleia.
O deputado disse não saber um motivo específico que possa ter gerado a ira de alguém, a ponto de atirar no veículo. “Ninguém é mais autoridade que alguém. Tem que se ter o respeito. Será que temos que continuar com a mesma situação que estávamos?”, questionou. “Fica feio para todo mundo, para o Paraná, para o país. Isso não é bom para ninguém, nem para os próprios interessados”, concluiu.
O chefe do Gabinete Militar da Assembleia, Tenente Coronel Arildo Dias, afirmou que as medidas adotadas para a segurança do presidente Rossoni, e também dos demais integrantes da Comissão Executiva, serão revistas. O tenente se deslocou até o local do atentado, mas as investigações ficarão a cargo da Polícia Civil.
Diante da experiência adquirida na Polícia, o Tenente descartou a hipótese de tentativa de assalto. “Quem atirou não quis dar susto, quis ferir alguém”, relatou. “Quando a intenção é o assalto, você tem que parar o veículo, fazer uma abordagem. Ali foi um franco atirador que efetuou um disparo no veículo que estava passando”.
Logo após o incidente, o automóvel foi encaminhado à perícia da Policia Civil da cidade de União da Vitória. Por decisão do delegado o carro foi transferido para Curitiba e já foi periciado pelo Instituto de Criminalística. As investigações seguem a cargo da Polícia Civil.
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