Cunha diz que “renúncia” não faz parte do seu vocabulário

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, denunciado na quinta-feira (20) pelo Ministério Público Federal (MPF) ao Supremo Tribunal Federal (STF)  pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, disse nesta sexta-feira (21), em São Paulo, que não vai renunciar do comando da Casa.

“Ninguém pode ser previamente condenado. Estou absolutamente sereno. Nada alterará o meu comportamento. Não adianta nenhuma especulação sobre o que vou fazer ou deixar de fazer. Não vou abrir mão de nenhum direito. Não há a menor possibilidade de eu não continuar no comando da Câmara”, disse o peemedebista.

Na denúncia encaminhada ao STF, o procurador-geral Rodrigo Janot diz que Eduardo Cunha recebeu propina por meio empresas sediadas no exterior e empresas de fachada. Na denúncia, Janot também pede que o presidente da Câmara pague U$S 80 milhões pelos danos causados à Petrobras. Foi a primeira denúncia contra um parlamentar investigado na Operação Lava Jato.

Cunha, por sua vez, contestou a denúncia “com veemência” e chamou de “ilações” os argumentos apresentados por Janot. Em nota, divulgada ontem após a denúncia, Eduardo Cunha se diz inocente e aliviado. “Fui escolhido para ser investigado e, agora, ao que parece, estou também sendo escolhido para ser denunciado”. O peemedebista criticou o PT e o governo, a quem atribui o fato de ser alvo da denúncia. Fonte: Agência Brasil