Dívida de campanha de Dilma foi quitada com propina de contratos da Petrobras, diz delator

Delator da Operação Lava Jato, o representante do grupo Keppel Fels, Zwi Skornicki afirmou ao juiz federal Sérgio Moro, que concordou em quitar parte da dívida do PT com o publicitário João Santana, referente à campanha de 2010 da presidente Dilma Rousseff, como parte da propina por contratos que o estaleiro que representava assinou com a Petrobras e com a Sete Brasil – estatal criada pelo governo federal para a exploração do pré-sal, responsável, por exemplo, pela encomenda de navios sonda.

Zwi disse ter pago propinas nos contratos das plataformas P-51 e P-52 junto à Petrobras, através do lobista Raul Schmidt e nas P-56 e p-58, tratando com o ex-gerente da Petrobrás, Pedro Barusco, “que, desta vez, disse que, além de atender aos funcionários da Petrobras, teríamos que pagar propina também ao PT”, disse, revelando que foi pago 1% dos contratos em propina, sendo 0,5% a Barusco e 0,5% ao partido. 

Além disso, houve pagamento de propina para o contrato de seis sondas com estaleiro da Keppel para a Sete Brasil, na ordem de 1% do valor dos contratos. A parte relatiava ao PT, contou, foi paga através de uma conta corrente feita com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. As informações são de assessorias. Postado por Roger Pereira.