STF nega mais uma liminar para interferir em cassação de Cunha
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal
(STF), negou na manhã de hoje (12) mais um pedido de liminar para interferir na
votação sobre a perda de mandato do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
marcada para as 19h desta segunda-feira.
Dessa vez, Fachin negou pedido de liminar feito pelo
deputado José Wellington Roberto (PR-PB), por meio de mandado de segurança, no
qual ele solicitava que fosse anulada a decisão da mesa diretora da Câmara de
levar à votação em plenário o parecer pela cassação de Cunha aprovado no
Conselho de Ética, e não um projeto de resolução.
Diferentemente do parecer, o projeto de resolução é um
instrumento da Câmara que permite a apresentação de emendas e destaques pelos
deputados, o que poderia beneficiar Cunha, abrandando ou mesmo anulando sua
punição.
Ontem (11), Fachin negou outra liminar, dessa vez pedida
pelo próprio Cunha, para que o seu processo de cassação fosse suspenso. Nesta
solicitação mais recente, o peemedebista voltou a argumentar erros de processo.
Para o deputado afastado, o regimento interno da Câmara determina que cassações
sejam votadas por meio de projetos de resolução e não por meio de parecer. Ele
não conseguiu convencer o ministro relator do pedido no Supremo.
Antes, numa discussão de mérito realizada na quinta-feira
(8), o plenário do STF já havia negado a Cunha a suspensão de seu processo de
cassação.
