Temer, Maia e Renan dizem que não haverá anistia ao caixa 2

Em entrevista coletiva ao meio-dia deste domingo, o presidente Michel Temer (PMDB) e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciaram que não haverá anistia ao caixa 2.

Os três oficializaram o pacto para que a anistia não seja incluída no projeto que trata das dez medidas contra a corrupção, iniciativa do Ministério Público que foi apoiada por mais de dois milhões de pessoas. A expectativa é de que o texto seja votado na terça-feira pela Câmara. A proposta do MPF é que o caixa 2, termo popular dado à prática de não contabilizar despesas de campanha, seja tipificado como crime. Mas, nos bastidores, líderes partidários vêm articulando mudanças na proposta para que o procedimento deixe de ser punido.

— Estamos fazendo um acordo, um ajuste institucional, que não haverá apreciação à anistia de crime eleitoral — afirmou Calheiros.



De acordo com o presidente do Senado, o ajuste fiscal e as matérias econômicas são prioritárias para retomar o crescimento da economia.

O anúncio vem em meio a uma crise política com um escândalo envolvendo Geddel Vieira Lima. Em depoimento à Polícia Federal prestado no sábado, 19 de novembro, um dia após deixar o cargo, Calero disse ter sido pressionado por Geddel a reverter uma decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

O ex-ministro relatou ainda ter sido assediado com o mesmo objetivo por Temer e pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

*Zero Hora com Estadão Conteúdo