Cunha consegue suspender livro sobre impeachment
A Justiça do Rio determinou que a Editora Record não
coloque à venda e comercialize exemplares do livro Diário da Cadeia – Com
Trechos da Obra Inédita Impeachment – Eduardo Cunha (pseudônimo), sob pena de
multa diária de R$ 400 mil em caso de descumprimento.
A ação foi movida pelo
ex-deputado Eduardo Cunha, que alega que o livro, escrito por um autor secreto
que assina com o pseudônimo de Eduardo Cunha, objetiva aparentar que o
ex-parlamentar seria o verdadeiro escritor. Por contrato, a editora não pode
divulgar o nome real do autor. O lançamento do livro estava previsto para a
próxima segunda-feira (27).
Na decisão, a juíza Ledir Dias de Araújo diz que “o direito pleiteado pela parte autora, a meu ver,
resta demonstrado, uma vez que o mesmo afirma não ter escrito o livro
denominado Diário da Cadeia. Examinando a documentação que instrui a inicial,
constata-se que o lançamento do livro vem sendo veiculado na mídia, cuja
propaganda dá a entender se tratar de livro de autoria de Eduardo Cunha, o que
é por ele negado”, destacou a juíza.
A magistrada determina que a Editora Record exclua
do seu site eletrônico trechos do livro, inclusive imagens da capa ou
conteúdo que façam referência à imagem do ex-deputado. Para a juíza, há
evidências sobre a tentativa de iludir o leitor sobre a verdadeira autoria da
obra.