PF mira aliados de Bolsonaro em operação sobre fake news
A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (27) mandados de busca e apreensão no inquérito do Supremo Tribunal Federal sobre fake news e mira grandes aliados do presidente Jair Bolsonaro. O caso tem a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Um dos alvos é o ex-deputado federal Roberto Jefferson,
presidente nacional do PTB e novo aliado do presidente Jair Bolsonaro.
Jefferson, ex-aliado de Fernando Collor de Melo, foi condenado no processo do
mensalão e nas últimas semanas tem defendido até de forma veemente o atual
presidente.
Outro atingido foi o empresário Luciano Hang, da rede de
lojas Havan e grande entusiasta do governo Bolsonaro.
Outros alvos da operação são os bolsonaristas Allan dos
Santos (do site Terça Livre), Sara Winter (ativista) e o deputado bolsonarista
Douglas Garcia (PSL-SP)
O ministro Moraes determinou ainda que deputados deverão
ser ouvidos no inquérito nos próximos dias. Eles não foram alvos de mandados
nesta quarta. São eles:
Deputados federais
Bia Kicis
Carla Zambelli
Daniel Lúcio
Filipe Barros
Geraldo Junio
Luiz Phillipe de Orleans e Bragança
Deputado estadual
Douglas Garcia
Gildevânio Ilso
Estão sendo cumpridos 29 mandados de busca e apreensão.
As ordens judiciais estão valendo no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São
Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.
O inquérito foi aberto por Dias Toffoli, presidente do
STF, em março de 2019 para investigar notícias fraudulentas e ameaças que
"atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de
seus membros e familiares".
Vale lembrar que nesse caso não houve o tradicional
sorteio do relator. Toffoli escolheu Moraes para a relatoria, atitude que foi
criticada pelo Ministério Público Federal. Dez ações foram apresentadas no STF
contra o inquérito e aguardam julgamento.
O Supremo informou que, de acordo com o regimento da
Corte, existe a possibilidade da abertura de investigações para apurar crimes
cometidos dentro da instituição – neste caso, os ministros são a instituição. E
o mesmo regimento permite a designação de juiz para conduzir a apuração.
O inquérito deveria ter sido finalizado em janeiro deste
ano, mas foi prorrogado por seis meses.
Publicado por Yahoo Notícias. Imagem: Record e Divulgação.

