MEC revoga portaria que acabava com cotas para negros e indígenas
O Ministério da Educação tornou sem efeito a Portaria nº
545/2020, publicada no último dia 18, que revogava a Portaria nº 13/2016, que
estabelecia a necessidade de criação, naquele ano, de políticas afirmativas nos
cursos de pós-graduação. A Portaria nº 559/2020 , que torna sem efeito o ato da
semana passada, foi publicada hoje (23) no Diário Oficial da União.
A portaria de 2016 estabelecia, que, em um prazo de 90
dias, as instituições federais de ensino superior deveriam apresentar propostas
sobre inclusão de negros, indígenas e pessoas com deficiência em seus programas
de pós-graduação (mestrado, mestrado profissional e doutorado), como políticas
de ações afirmativas.
A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do
Ministério Público Federal (MPF), no Rio de Janeiro, estava apurando a
legalidade da revogação da medida. Com o ato de hoje, a portaria volta a
vigorar.
Questionado, o Ministério da Educação informou que a
Portaria nº 13/2016 “foi revogada com base no Artigo 8º, do Decreto nº
10.139/2019”, que obriga a anulação de normas “cujos efeitos tenham se exaurido
no tempo”. Em nota, a pasta acrescentou que a Lei nº 12.711/2012, em vigor,
prevê a concessão de cotas e ações afirmativas exclusivamente para cursos de
graduação.
Edição: Graça Adjuto/EBC. Imagem: ANPG.
