Mais da metade das famílias brasileiras está endividada, diz BC


O endividamento das famílias chegou a 53,1% em julho, o maior patamar da série histórica do Banco Central (BC) iniciada em janeiro de 2005. Nos últimos meses, esse recorde vem sendo batido repetidamente, refletindo as condições da economia e a alta nos juros.

 Na estatística de endividamento que desconsidera o financiamento imobiliário, o patamar também é o mais alto desde 2005, em 33,64%. Em julho do ano passado, o nível estava em 29,6%.

Outro recorde renovado mês após mês é o de comprometimento de renda com dívidas com instituições financeiras. Em julho, chegou a 28,6% da renda, maior nível desde março de 2005, início da série histórica do BC. No mesmo mês de 2021, estava em 25%.

Quando se retira o financiamento imobiliário, o número é de 26,6%, também o maior da série histórica.

Inadimplência em alta

Depois de cair bastante durante a pandemia, as taxas de inadimplência vêm subindo nos últimos meses e superando os níveis registrados antes do início da disseminação da Covid-19. 

A taxa média total com recursos livres foi de 3,9% em agosto, elevação de 0,8 ponto percentual (p.p) em um ano e nível parecido com os registrados em fevereiro e março de 2020, que antecederam o início da pandemia.

 

Fonte: Agência O Globo. Imagem: Megaflopp/iS